domingo, 10 de maio de 2009

As Malformações cerebrais

Introdução

As malformações cerebrais são alterações decorrentes de distúrbios do desenvolvimento do cérebro. Elas podem ser geneticamente determinadas ou adquiridas, e é geralmente difícil definir se uma malformação cerebral tem origem genética ou se está relacionada com outros fatores. A maioria das malformações que ocorrem nas fases mais precoces da gestação são de origem genética, enquanto que as que ocorrem nas fases mais tardias são devidas a lesões destrutivas de origem infecciosa ou vascular (infartos) que interferem no desenvolvimento de uma determinada área cerebral.
A atrofia cerebral é um achado relativamente comum de neuroimagem em crianças com distúrbio do neurodesenvolvimento, e a diferença entre atrofia (redução em tamanho de uma estrutura bem formada) e hipoplasia (deficiência do desenvolvimento de uma estrutura) nem sempre é clara.O número de malformações até então descritas é grande, e a classificação é difícil porque não existem duas malformações cerebrais exatamente iguais. É muito comum, também, uma malformação vir associada a uma segunda malformação como por exemplo, agenesia de corpo caloso e esquizencefalia. Algumas malformações são raras, mas outras são vistas com relativa freqüência em crianças com distúrbio do desenvolvimento.


Malformações do Cerebelo

Hipoplasia cerebelarA hipoplasia cerebelar pode ser global ou de uma área específica como vermis (área estreita localizada na região central do cerebelo relacionada principalmente com equilíbrio) ou hemisférios cerebelares (relacionados principalmente com coordenação). As causas são várias e podem ser internas ou externas. A hipoplasia do cerebelo pode ser vista em várias desordens cromossômicas, como um traço recessivo, ou como resultado de exposição intra-uterina a drogas ou irradiação. Existe uma condição autossômica recessiva, na qual a criança apresenta cerebelo pequeno, atraso do desenvolvimento psicomotor, hipotonia generalizada, nistagmo, tremor de ação e ataxia.
Malformação de Dandy-WalkerA malformação de Dandy-Walker consiste na agenesia completa ou parcial do vermis cerebelar associada a uma dilatação cística da fossa posterior comunicando-se com o quarto ventrículo (4ª. cavidade do cérebro onde circula líquor) e hidrocefalia. A hidrocefalia pode não estar presente ao nascimento, mas se desenvolve durante a infância ou mesmo mais tarde. A criança evolui com distúrbio do desenvolvimento psicomotor e aumento progressivo do volume do crânio. Nas crianças maiores os sinais de aumento da pressão intracraniana tais como irritabilidade, vômitos, convulsões e alterações da função cerebelar como ataxia e nistagmo podem estar presentes. A maioria das crianças necessita cirurgia para tratamento da hidrocefalia. (derivação ventrículo-peritonial)
Malformação de Chiari
Chiari I
A malformação de Chiari I é caracterizada por alongamento do cerebelo e deslocamento caudal das amígdalas cerebelares através do forame magno (abertura na parte basal do osso occipital por onde a medula espinhal se torna contínua com a medula oblonga). Esta malformação é geralmente assintomática na criança, mas adolescentes e adultos jovens podem ter dor de cabeça, e desenvolver paralisia de nervos cranianos e siringomielia (cavidades tubulares dentro da medula espinhal).
Chiari II
Herniação das amigdalas, vermis cerebelar, parte do quarto ventrículo e porção inferior da medula oblonga, para dentro do canal vertebral. A malformação de Chiari II vem quase sempre associada à mielomeningocele e é a principal causa de hidrocefalia nessas crianças . Embora presente em quase todas as crianças com mielomeningocele, a malformação raramente é sintomática. Estrabismo, respiração ruidosa, alteração da respiração, distúrbios do sono, dificuldade para a alimentação e alterações funcionais dos braços são alterações sugestivas de Chiari II sintomática.
Chiari III
Herniação do cerebelo e tronco encefálico para dentro de uma meningocele cervical alta. Esta malformação é rara.
Chiari IV A malformação de Chiari IV consiste unicamente de hipoplasia cerebelar. As manifestações clínicas estão relacionadas com o grau de atrofia do cerebelo.


Holoprosencefalia

A holoprosencefalia pode resultar de múltiplos defeitos genéticos e tem sido reconhecida em vários níveis de gravidade. Em sua apresentação mais completa (holoprosencefalia alobar), o cérebro é caracterizado por uma cavidade única na linha média, rodeada por uma vesícula prosencefálica não dividida. O quadro clínico na maioria das crianças com holoprosencefalia alobar é caracterizado por anormalidades faciais da linha média. A criança vive por um período muito breve fazendo com que esta condição não seja encontrada em crianças em acompanhamento por distúrbio do desenvolvimento.
Na holoprosencefalia semilobar o cérebro é menos dismorfo e as alterações faciais são leves ou ausentes. Clinicamente, o que chama a atenção nestas crianças é micro ou hidrocefalia, epilepsia e distúrbio do desenvolvimento neuropsicomotor evoluindo para retardo mental com tônus normal ou associado a tetraplegia espástica. Na holoprosencefalia lobar as manifestações clínicas são menos graves do que nas outras duas formas descritas. A criança geralmente apresenta atraso do desenvolvimento psicomotor leve ou moderado, disfunção hipotálamo-hipofisária ou problemas visuais. É difícil classificar uma holoprosencefalia como semilobar ou lobar.


Desordens de Migração Neuronal

Migração neuronal é o processo pelo qual os neurônios se deslocam de seu local de origem para seu local permanente no cérebro em desenvolvimento. As desordens de migração neuronal são, portanto, um grupo de desordens decorrentes da impossibilidade dos neuroblastos da zona periventricular (matrix germinal) que formam as paredes dos ventrículos laterais chegarem ao seu destino (córtex cerebral) por causa de fatores agressivos ocorridos entre 1 a 7 meses de gestação, resultando em deformidades estruturais focais ou generalizadas dos hemisférios cerebrais.
As desordens de migração neuronal incluem: esquizencefalia, lissencefalia, polimicrogiria, heterotopias neuronais e para muitos, agenesia de corpo caloso. As manifestações clínicas destas desordens incluem atraso do desenvolvimento psicomotor, hipotonia ou espasticidade, retardo mental, epilepsia e microcefalia. Uma série de defeitos de genes ou alterações bioquímicas já foram relatadas nos diversos tipos de desordem de migração neuronal, mas estas desordens podem ser causadas também por infecções, intoxicações e radiações.
EsquizencefaliaDepois da malformação Arnold-Chiari II, a esquizencefalia é a malformação mais freqüentemente atendida no SARAH. A esquizencefalia é caracterizada por fenda unilateral ou bilateral localizadas dentro dos hemisférios cerebrais estendendo-se do córtex à região periventricular. A fenda pode ser fundida ou não. Pode ser de origem genética ou adquirida. O quadro clínico da esquizencefalia é bastante variado. Crianças com fendas nos dois hemisférios cerebrais comumente apresentam tretraplegia espástica ou hipotonia com sinais de liberação piramidal e retardo mental. Quando a fenda é unilateral observa-se hemiplegia espástica e a inteligência pode ser normal. A maioria das crianças têm epilepsia, muitas vezes de difícil controle. A gravidade dos sintomas está relacionada ao grau de envolvimento do cérebro.
LissencefaliaA lissencefalia é um defeito de migração neuronal decorrente de uma agressão ao sistema nervoso ocorrido entre 12 a 16 semanas. Na lissencefalia as circunvoluções cerebrais são ausentes (cérebro liso). Clinicamente, a criança com esta malformação cerebral apresenta distúrbio do desenvolvimento grave, hipotonia ao nascimento que pode evoluir para hipertonia com sinais de liberação piramidal, epilepsia e microcefalia.
Heterotopias NeuronaisAs heterotopias de substância cinzenta são grupos de corpos celulares (dos neurônios) em locais anormais devido a uma parada da migração dos neurônios. As crianças com heterotopia subcortical focal apresentam epilepsia e alterações motoras e cognitivas com níveis variáveis de gravidade dependendo do tamanho da heterotopia.


Malformações do Desenvolvimento Cortical

Assim que os neurônios alcançam a placa cortical, outros estágios do desenvolvimento se sucedem antes que a maturidade seja atingida. A diferenciação neuronal tem início em fases muito precoces na matrix germinal e continua mesmo depois de terminada a migração dos neurônios. As malformações do desenvolvimento cortical têm sido cada vez mais reconhecidas como causas importantes de distúrbio do desenvolvimento e epilepsia.
Displasia CorticalExiste um amplo espectro de anomalias com diferentes níveis de gravidade classificadas como displasia cortical. O tempo de origem no desenvolvimento é incerto. A presença de heterotopias neuronais subjacentes podem indicar origem antes de 20 semanas de gestação, mas algumas formas de displasia cortical podem ser adquiridas mais tarde. As displasias corticais estão relacionadas com epilepsia intratável e são freqüentemente identificadas pela ressonância magnética. A forma mais leve de displasia é a microdisgenesia, que somente é reconhecidada através da microscopia.
PolimicrogiriaA polimicrogiria é uma das malformações corticais mais freqüentes. Caracteriza-se por um número excessivo de giros pequenos e laminação cortical anormal. Esta malformação resulta de uma agressão ao sistema nervoso ocorrida antes da 5ª semana de gestação e embora fatores ambientais como síndrome hipóxico-isquêmica intra-uterina (hipóxia), ou infecções congênitas têm sido implicadas na patogênese de algumas formas de polimicrogiria, para outras, um locus genético específico já foi identificado. A patogênese da microgiria não é ainda bem conhecida. Ela é freqüentemente classificada como um erro da migração neuronal, mas provavelmente representa uma interrupção da maturação cortical tardia.
O quadro clínico na polimicrogiria é retardo mental grave associado com espasticidade ou hipotonia generalizada com reflexos profundos exaltados (paralisia cerebral do tipo hipotônica).

Anomalias de Corpo Caloso

O corpo caloso é formado pelo rostro (extremidade anterior), joelho, tronco e esplênio (extremidade posterior) e se desenvolve entre a 10ª e 25ª semana de gestação . Seu papel é conectar áreas neocorticais, participando da informação que transita entre os dois hemisférios. Para entender as anomalias do corpo caloso é preciso conhecer um pouco do seu desenvolvimento. Ele não se forma todo ao mesmo tempo. A parte anterior do joelho forma-se aproximadamente na mesma época que a parte posterior do tronco, e o rostro forma-se por último, um pouco depois do esplênio (extremidade posterior). Por isto, a hipogenesia, geralmente, se manifesta pela presença do tronco e do joelho, e ausência do esplênio e do rostro. Quando o tronco e o joelho do corpo caloso estão ausentes e o esplênio e o rostro presentes o mais provável é que a lesão seja destrutiva. As anomalias de corpo caloso são relativamente freqüentes nas crianças com distúrbio do desenvolvimento e a agenesia pode acompanhar as alterações que caracterizam a Síndrome de Aicardi (condição só observada em meninas que evolui com retardo mental grave e crises tônico-clônicas e mioclônicas generalizadas com início antes do 4º. mês).A agenesia do corpo caloso, raramente é um defeito isolado . Ela é freqüentemente associada a outras malformações do sistema nervoso central e pode ser observada em infecções virais intra-uterinas, em vários defeitos cromossômicos, especialmente 11, 13, 15, 18 e X e em erros inatos do metabolismo. Quando a agenesia do corpo caloso constitui um achado isolado, a criança pode não apresentar alterações neurológicas, mas esta condição é rara. Mais freqüentemente, a malformação vem acompanhada de alterações neurológicas que variam de leves a graves, e caracterizam-se por distúrbio do desenvolvimento psicomotor, retardo mental, epilepsia e distúrbios do comportamento.



Fonte Site do Sarah : http://www.sarah.br/

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sindrome de West

A síndrome de West é uma forma grave de epilepsia em crianças. Recebe o nome em homenagem ao médico inglês William James West (1793-1848), que foi quem primeiro descreveu a síndrome em 1841.

É relacionada com a idade, geralmente ocorrendo entre o terceiro e décimo segundo mês, geralmente se manifestando no quinto mês. Possui diversas causas, sendo geralmente causada por disfunções orgânicas do cérebro cujas origens podem ser pré-natais perinatais (causadas durante o nascimento) ou pós-natais.A sua prevalênciaé de cerca de 1 em cada 4000 ou 6000 nascimentos.

Estatisticamente os meninos são mais afetados que as meninas, numa taxa de três meninos para duas meninas.

Causas

A Síndrome de West pode ser dividida em dois grupos, com relação à causa: o criptogênio (quando a causa é desconhecida), onde o lactente é normal até os inícios dos espasmos, sem qualquer lesão cerebral detectável; e o grupo sintomático (de causa conhecida), onde há prévio desenvolvimentoneuropsicomotor anormal, alterações ao exame neurológico e/ou lesões cerebrais identificadas por examesdeimagem (tomografia computadorizada, ressonância magnética, etc). Em 1991, foi proposta a hipótese da existência de uma forma idiopática, com evolução benigna no tratamento em curto prazo.

Em aproximadamente 80% dos casos a síndrome de West é secundária, o que vale dizer que depende de uma lesão cerebral orgânica. Em muitos casos é possível determinar a etiologia da síndrome: encefalites a vírus, anoxia neonatal, traumatismo de parto, toxoplasmose, Síndrome de Aicardi, esclerose tuberosea de Bounerville. Napresença da Síndrome de West, uma exaustiva investigação deve ser feita:TCou RNM, teste de testagem de erros inatos do metabolismo. Outro tipo de crises, além dos espasmos, pode estar também associadoIncidênciaInicia-se quase sempre no primeiro ano de vida , principalmente entre os 4 e 7 meses de idade.

O sexo masculino é o mais afetado, na proporção de 2 para 1.

Quadro clínico

A síndrome de West consiste numa tríade de sinais clínicos e eletroencefalográficos atraso do desenvolvimento, espasmos infantis e traçado eletroencefalográfico com padrão de hipsarritmia. As crises são traduzidas por espasmos ou uma salva de espasmos com seguintes características flexão súbita da cabeça, comabdução dos membros superiores e flexão da pernas (espasmos mioclônico maciço) é comumaemissão de um grito por ocasião do espasmo.

Cada crise dura em média alguns segundos . As vezes as crises são representadas apenas por flexão da cabeça (tique de sabam ou ''espasmo saudatório''). As crises são freqüentes particularmente durante a vigilia, podendo chegar até a centena ou mais por dia.

As contrações são breves, maciças, simétricas, levando-se os membros superiores para frente e para fora e flexionando os músculos o abdômen. São crianças hipotônicas. Em princípio, o diagnóstico não é fácil, sendo os espasmos confundidos com cólicas ou com reflexo de Moro. Outramanifestação importante é o retardo mental que, em boa parcela dos casos, pode ser evitado pelo tratamento precocedoquadro. Diz-se que as alterações e características clínicas e evolutivas desta síndrome dependem das condições prévias do SNC do lactante antes dos surgimentos das crises. Com a maturação da criança , em geral as crises diminuem e desaparecem por volta do quarto ou quinto ano de vida.

Evolução, complicação e prognóstico

Quase sempre é uma perda de cunho neuropsíquico para criança afetada, esta perda está na dependência da precocidade de diagnóstico e da intervenção aplicada. A hipsarritmia pode desaparecer ou se transformar no decorrer do tempo. A criança apresenta sérias complicações respiratórias, devido aosfreqüentes espasmos, deformidades , principalmente de MMSS e MMII. Pode ocorrer subluxação do quadril.

Há possibilidade de remissão total de espasmos infantis considerados criptogéticos, mas não há confirmação científica de remissão definitiva para os casos mais graves associados a outras condições ou patologias neurológicas.

Crianças apresentam sinais e sintomas de dano cerebral podem vir a apresentar um quadro de déficit intelectual a posterior, elas devem ser precocemente estimuladas para diminuir a seu grau de compartimento intelectual e psíquico.

Têm sido assinalados os casos em que o desenvolvimento é normal. Vários autores têm discutido uma associação entre a hipsarritmia e psicose ou entre hipsarritmia e autismo. A deteriorização do desenvolvimento neuropsicomotor está presente em 95 % dos casos. O melhor prognóstico ocorre nos 5% dos casos que permanecem comdesenvolvimento mental.

O prognóstico, mesmo nos casos tratados precocemente, permanece reservado, observando-se em 90% dos casos a presença de deficiência mental. Distúrbios psiquiátricos são freqüentes. Outras síndromes epiléticas podem surgir, sendo que 50-60% dos casos evoluem para síndrome Lennox-Gastaut, epilepsia multifocal ou epilepsia parcialsecundariamente generalizada.

Tratamento

TRATAMENTO CLÍNICO
Há uma grande melhora dos espasmos infantis com uso intensivo do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico ) em suas apresentações injetáveis como: ACTHAR ( Corticotrophin) da Rhône Poulenc Rorer Pharmaceutical inc ou a sua forma de H.P.ACTHAR Gel (Repository Corticotrophin injection).

Dizemos que este tratamento pode ser heróico e interromper o quadro convulsivo, porém só deve ser utilizado sob rigoroso controle médico e monitoramento cardiopediatrico, já que os corticóides não agem apenas no SNC, mas todo o organismo da criança, inclusive em seu sistema imunológico. Segundo os autores Zajerman e Medina somente seutiliza esta medicação em casos de Síndrome deWestconsiderados criptogênicos, e não em espasmos infantis resultantes de lesões cerebrais, por exemplo.

Há casos em que a resposta terapêutica pode aparecer em até 48 ou 72 horas após aplicação de uma primeira dose do ACTH, podendo haver uma possibilidade de recidiva de crises nos casos considerados mais graves na dependência da precocidade do diagnóstico e da extensão e gravidade da lesão cerebral associada.

Outros anticonvulsivantes têm sido utilizados, isoladamente ou em combinação nos casos de espasmo infantis, como o Clonazepam, a lamotrigina, o Ácido Valpróico, o Fenobarbital e o Vigabatrin.

Tratamento fisioterápico

O tratamento fisioterapêutico tem como objetivo principal tratar as seqüelas ou tentar diminuí-las o máximo possível. Como as complicações respiratórias existentes, deve-se fazer fisioterapia respiratória.

Outro objetivo é tentar-se evitar as deformidades que surgem ou amenizá-las, fazendo-se mobilização passiva e alongamentos. Devido a hipotonia é preciso que se fortaleça os músculos responsáveis pela respiração.

Objetivos:
Equilíbrio da cabeça
Equilíbrio do tronco
Seguir as etapas de maturação de acordo com cada criança.

Em todo paciente com Síndrome de West precisa-se trabalhar primeiramente extensão de cabeça e de tronco, para que depois, então a criança seja estimulada a começar a rolar, arrastar, engatinhar, sentar, .. .Não podemos querer que ela engatinhe, sem que ela consiga fazer extensão cervical. O tratamento deve ser feito seguindo as etapas deevolução, de maturação da criança.Os exercícios fisioterápicos devem obedecer as escalas de maturação.

Tendo isso em mente, o fisioterapeuta pode inovar e criar novas maneiras de serem realizados de duas formas: Utilizando a bola coloca-se a criança em DV apoiado com cotovelo em cima da bola, e chama-se a atenção da mesma com um objeto a sua frente.Deitado no chão, também com um brinquedo à frente.É importante saber que o tratamento da síndrome de west é igual ao tratamento proposto a criança portadora de paralisia cerebral.

Hidroterapia

Durante a terapia em piscina, o calor da água ajuda a aliviar a espasticidade, mesmo que o alívio seja temporário. Entretanto, a medida que a espasticidade diminui, movimentos passivos podem ser administrados em maior amplitude com menor desconforto para o paciente. Deste modo a amplitude articular pode ser mantida.

Os movimentos passivos devem ser efetuados lentamente e ritmicamente, começando com o tronco e articulações proximais, gradualmente incluindo as articulações distais. Os movimentos devem a princípio ser de natureza oscilatória e a seguir de natureza rotatória. O tronco e os membros devem ser movidos em padrões de movimento cominibição reflexa. O paciente deve respirar profundamente ecalmamente,e o momento do estendimento máximo deve coincidir com a expiração. A principal dificuldade em obter uma fixação estável para ambos os pacientes e o terapeuta. Em alguns casos pode ser necessário um segundo fisioterapeuta para ajudar.

BibliografiaAJURIAGUERR, J de - '' Manual de Psiquiatria Infantil ''. Ed Atheneu, 1992 - 2 ediçãoLIPPI, Jose Raimundo da Silva - '' Neurologia Infantil '' - 1987.DYNSKI, Martha Klin - ''Atlas de Pediatria''.CAMBIER, J . MASSON, M e DEHEN, H - '' Manual de Neurologia'' Ed Atheneu - 2 edição

Naldimar no site:http://www.e-familynet.com/artigos/articles.php?article=450